quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Conheça "A Grande Roubada"


Segunda-feira, em noite de pleno carnaval, lá estava o Asa Branca (Lapa) lotado pelos foliões que trocaram a Sapucaí, blocos de rua e coisinhas do tipo, para aproveitar devidamente um dos eventos mais legais que já surgiram no Rio de Janeiro.

A Grande Roubada de Carnaval (que é uma idealização de Raoni M. e Vinícius F.) durou dois dias (14 e 15 de fevereiro), com ambos os lineups indiscritíveis e já deixou saudade e gosto de "até a próxima edição!" para quem foi e prestigiou o evento e a cena independente.

"A Grande Roubada" aconteceu neste ano pela primeira vez durante o carnaval, mas já havia tido três edições em 2009: A primeira em junho, a segunda em setembro e a terceira em novembro.

Raoni M., um dos idealizadores/organizadores do evento, me disse que "a idéia do projeto é 'repescar' as bandas 'das antigas', junto com bandas novas, trazendo de volta uma galera que não vem há um tempo pro Rio de Janeiro."
Ele completou dizendo que "a intenção é ser um 'mini-festival' de rock, envolvendo não só música, mas várias formas de arte e cultura ligadas ao rock."

E isso é um fato. Em outras edições, além de shows, DJ's e performance de Pin Up, também houve lançamento de um livro de histórias em quadrinhos, exibição de documentário do Ratos de Porão, Velhas Virgens e também um filme do Zé do Caixão, que inclusive, teve sua coletânea inédida e limitada, sorteada para os presentes na primeira edição. Falando em sorteio, a Art Factory Studio sempre marcou presença na festa, sorteando tattoos e piercings.

Como "A Grande Roubada" tem tudo para se firmar como um dos eventos mais expressivos do underground carioca, perguntei ao Raoni se o projeto acontecerá anualmente no carnaval e também se ele tem planos de usar algumas temáticas (como "A Grande Roubada de Halloween") nas próximas edições: "Ainda vamos definir a peridiocidade da festa, agora que temos a parceria com o Asa Branca. Antes não tínhamos sextas nem sábados disponíveis nos outros locais," e completou: "Pretendemos sim. A festa sempre foi num feriado, sem excessão. E mesmo que não seja a partir daqui, teremos temáticas como se fossem 'capítulos' de um filme ou de história em quadrinho e vamos tentar construir personagens que sejam a cara da festa também."

Vale citar que toda a estrutura do evento foi muito bem elaborada: A escolha da casa num local centralizado, com um ar condicionado funcionando lindamente, a recepção, o espaço curtíssimo de tempo entre um show e outro e mais que tudo, o som.

Ah, aquele som... Deixou o de muitas casas de shows com grandes nomes, com aquelas mega mesas de P.A. e técnicos cascudos, no chinelo.

Eu conversei com várias pessoas após os shows do dia 15 e todas falaram a mesma coisa: Que foi lindo e que é muito bom ter no Rio de Janeiro "A Grande Roubada", para calar a boca de muita gente que fica por aí dizendo que a cena por aqui acabou, enquanto na verdade, a maioria nem pesquisa o que está acontecendo por aí.

Posso dizer que "A Grande Roubada de Carnaval" se tornou um marco nas vidas de muitos que estavam lá, inclusive nas vidas de duas bandas, pelo menos: Marcou o Zander, com a estréia do novo baixista da banda e a tão esperada volta dos goianos do Black Drawing Chalks para o Rio de Janeiro.

Vai ser difícil descrever como foram esses dois shows memoráveis, marcantes e especiais, mas tentar não custa nada...

(Contiua no próximo post)


Por: Angélica Albuquerque

Um comentário:

Art Factory Studio Tattoo & Piercing disse...

Olá Angélica! Parabéns pelo seu trabalho! Adorei o seu blog!!!!!
E muito obrigada por dar uma força a ART FACTORY STUDIO - TATTOO & PIERCING.

Vivi Negreiros

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