No post de hoje, no site TENHO MAIS DISCOS QUE AMIGOS!, falei sobre:
- Starts With You Music and Arts Festival
“Pequenas atitudes geram grandes mudanças. Começamos agora o movimento SWU – Começa com você“.
É com essa mensagem; com essa ideologia, que o mais novo festival de grande porte anuncia hoje oficialmente a sua chegada ao Brasil.
Com intuito de alertar as pessoas para os problemas do nosso meio ambiente em extinção (por que não?), a primeira edição do Starts With You Brasil acontecerá no interior de São Paulo, em Itu, na Fazenda Maeda, nos dias 9, 10 e 11 de outuburo, começando provavelmente às onze horas da manhã e trará sessenta horas de música e atrações, divididas em dois grandes palcos, um menor e uma tenda eletrônica. É necessário deixar claro também que o SWU não é um festival só de música. É de arte, música e arte sustentável, com direito a exposições nos dias do evento.
Na coletiva concedida hoje para a imprensa, Eduardo Fischer – proprietário do grupo brasileiro Totalcom, idealizador deste projeto e do Maquinaria – contou que usou sua relação de trinta anos no negócio e foi procurar o apoio dos seus amigos, mas sem pedir favor: “A aceitação foi extraordinária e a gente está tendo muito impacto!” E adicionou “O evento é forte por que? Porque há interesse das pessoas em querer participar“.
Ele disse também como foi que chegou na ideia da criação do novo evento: “Pensamos muito sobre mobilizar muita gente para esta causa e optamos pelo festival SWU Music and Arts Festival“.
Além de Eduardo Fischer, estiveram presentes também na coletiva os patrocinadores já confirmados (Oi, Nestlé e Heineken), o prefeito de Itu (Herculano Jr.), os parceiros do grupo The Groove Concept e o embaixador do evento, o apresentador e jornalista “Serginho” Groisman, que contou como se sente em relação ao posto concedido a ele: “Me sinto muito estranho com essa designação, mas como jornalista e apresentador, vou me engajar nesse movimento que começa hoje“.
Inclusive, “engajar”, foi uma das palavras mais utilizadas durante a coletiva, assim como “sustentabilidade”.
Durante os seus momentos com o microfone, Groisman contou o que acha do projeto: “É uma campanha que, no meu ponto de vista, vai buscar todas as classes sociais e por isso existe um olhar do poder público em relação à ela, para que não se ache que está se começando um movimento únicio em relação à sustentabilidade, como se não fosse de importância política e social” e completou com uma frase reflexiva: “Que mundo deixaremos para nossas crianças? E que crianças deixaremos para nosso planeta?“.
Conforme Eduardo Fischer já havia postado no seu twitter, o SWU será um festival nos moldes dos grandes festivais que acontecem no exterior. E na coletiva, ele fez questão de reforçar tal afirmação: “Vamos fazer um festival completamente novo e diferente no Brasil. O SWU será um festival aos moldes do que é feito nos Estados Unidos e na Europa, como o Glastonbury e o Coachella, para interagir com as pessoas. Aquela coisa de você poder conviver, ficar lá vinte e quatro horas por dia, com atrações, interações e mais do que tudo isso, com consciência” e completou, “Vai ser a primeira vez que uma mega estrutura será montada no Brasil. Vamos intensivar o uso de uma série de conduções que não poluem o meio ambiente, para concientizar como existem medidas práticas hoje em dia.“
Sobre a escolha do local do evento, Fischer contou: “Fomos visitar várias fazendas e chegamos à conclusão de que a Fazenda Maeda, em Itu, era a melhor opção. Tem uma área fantástica, modelo de gestão de rezíduos e em frente à Fazenda já existe o asfalto ecológico. São inúmeros exemplos que levaram Itu a ser o local escolhido.“
Sem dar tempo de ser questionado quanto à distância de Itu para os demais locais, Fischer aproveitou para citar e mostrar no telão da coletiva, um dos festivais que estão servindo como modelo para o SWU e disse: “Glastonbury fica à sete horas da Inglaterra. Ali tem cerca de cento e quarenta mil barracas. O jovem espera chegar o verão para ir ao Glastonbury.”
Conforme já foi mencionado, os parceiros do SWU serão os mesmos que trabalharam com o Maquinaria Festival, o The Groove Concept. Fischer comentou sobre o grupo, dizendo que é formado por “um pessoal extremamente conciente e engajado“.
Seus representantes, Milkon Chriesler (Mac) e Theo Van Der Loo, falaram sobre as áreas que serão dividas: “O festival vai ser dividido em algumas áreas. Terá uma área vip, com bares diferenciados, com restaurantes grandes de São Paulo.“
Sobre os tópicos principais – saúde e segurança – Mac e Theo esclareceram: “Serão quinze pontos de posto médico e um centro médico com capacidade para atender qualquer tipo de emergência e um heliporto, para caso haja necessidade de remoções“. “Segurança… Terão câmeras trezentos e sessenta graus monitorando toda a área do festival. Todo segurança vai ser credenciado e monitorado para que o público fique bem seguro lá dentro“.
O Festival também trará três áreas de camping com capacidade para abrigar oito mil barracas. “O camping vai estar disponível para o público dois dias antes do evento e um dia após o término do mesmo. Haverá lojas de conveniências para caso haja alguma emergência“.
Com novamente a palavra, Fischer contou que o festival terá fóruns diários, alegando que a missão e a grande preocupação do SWU é primeiramente comunicar e logo em seguida informar.
Quem cuidará deste setor de organização de fóruns e palestras, será a nova iorquina Kate Dohring. Ela será a consultura da área de fóruns de sustentabilidade, ajudando também a levar o SWU para outros paises, que inclusive, já está no Chile. O evento acontecerá por lá, paralelamente ao evento do Brasil, porém com o nome SWU/Maquinaria.
Fischer deixou claro que tanto o SWU quanto o Maquinaria (que não acontecerá em 2010 por conta deste novo projeto) seguirão no ano que vem, porém em eventos separados (pelo menos aqui no Brasil e a princípio).
Além de Kate Dohring, outros dois nomes de peso contribuirão para a realização do SWU. Também de Nova Iorque, Michael Lang será o consultor na área de produção. Lang já trabalhou em centenas de festivais e está na ativa desde os anos sessenta. Já a parte artística, será produzida por nada mais nada menos do que David Salt (quem cuida do Super Bowl - final do futebol americano, que chega a parar o país – e quem cuidou da abertura e cuidará do fechamento da Copa do Mundo FIFA 2010).
O SWU espera atrair cerca de duzentos e cinquenta mil pessoas para o festival, que ocupará uma área de cento e quarenta mil metros quadrados.
Várias bandas estão sendo cogitadas e vários destes supostos nomes já foram anunciados desde quando o evento foi divulgado como Woodstock Brasil.
Inclusive, Fischer falou dessa relação do SWU com o Woodstock: “Quando a gente começou com essa ideia, a gente foi ver um monte de festivais e ainda estamos visitando festivais. Não sei porque vazou assim, deve ter sido porque eu disse no twitter que estava com vontade de fazer um festival como o Woodstock. Acabou que a campanha foi ficando tão grande, que achamos melhor criarmos nossos valores“. E completou: “Nunca dissemos que iríamos fazer um festival daquela marca ou outra”.
Quatro das sessenta atrações já foram confirmadas para o evento. São elas: Pixies, Incubus, Dave Mathews Band e Linkin Park.
Os ingressos serão vendidos através da Ingresso Rápido e maiores detalhes serão divulgados na próxima semana.
Boa parte das bandas que irão compor o extenso lineup do festival, se preocupam com o nosso meio ambiente, como é o caso do Incubus, que criou a Make Yourself Foundation e do Dave Mathews, que acredita que a Terra se curaria se a gente parasse de destruí-la.
O Pearl Jam – que cedeu a trilha de “Just Breathe” para o comercial do evento que é narrado por Nando Reis - não virá nesta edição por conta do casório do vocalista Eddie Vedder.
Dentre as cogitadas estão Belle and Sebastian, Rage Against The Machine e Arcade Fire.
Theo Van Der Loo afirmou “sem duvida alguma, a gente está falando com todo mundo” e Eduardo Fischer completou: “Estamos construindo um super lineup, como vocês já viram com os quatro primeiros nomes divulgados“.
Ambos contaram que “a ideia não é divulgar tudo de uma vez. O Coachella abre sem banda nenhuma. Vamos divulgando de quatro em quatro, cinco em cinco, sete em sete… São sessenta. Vamos devagar“.
Eles também falaram que haverá espaço para os artistas nacionais: “Temos a preocupação de trazer novos artistas e bandas legais do Brasil. Faz parte do nosso conceito“.
Hoje, às oito horas da noite, estará no ar o portal oficial da SWU. Fique ligado por lá para maiores informações, além de checar as updates via Tenho Mais Discos Que Amigos!.
Seguindo a ideologia do projeto, “Vamos mover o mundo. Antes que ele pare“.
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