segunda-feira, 1 de março de 2010

LANÇAMENTO: Love Bazucas

Hoje, dia 1º de março, através do Portal NaGulha, às 14hs, foi realizada a estreia de um dos projetos mais aguardados de 2010, com toda certeza: Love Bazucas (Black Drawing Chalks + Chuck Hipolitho)!

Depois de dois
teasers, chats em vídeo mais atualizações pelo twitter, posts no blog do estúdio Costella e de quase todo mundo morrer de ansiedade, finalmente o grande dia chegou.

O EP que contém quatro (lindas) faixas, foi gravado e produzido por Chuck Hipolitho no estúdio dele (
Costella), em São Paulo.

Abaixo um texto escrito por ele e retirado do blog do estúdio, onde fala sobre as gravações dos Love Bazucas, técnicas usadas, etc.

"Love Bazucas é o projeto formado pelos Black Drawing Chalks + eu.

De um tempo para cá passei a conhecer mais essa banda, e principalmente me tornei amigo deles. Quem já viu os Black Drawing Chalks ao vivo sabe a pegada da banda, e quem já me viu nos Forgotten Boys (que foi onde aprendi a fazer e fiz do jeito que quis 80% do que sei) sabe qual é o esquema… o importante seria captar “isso”.

A princípio, o que eu (prepotentemente) queria, e cheguei a sugerir à banda, era gravar um disco deles, produzindo e tirando um som “Album Branco” deles… totalmente o contrário do que se espera dos BDC. A banda, sabiamente, não achou uma boa idéia e sugeriu gravarmos 4 músicas de um projeto que não fosse nem eu, nem eles. Seria a gente, e eu ficaria encarregado de produzir, gravar e amarrar essa parada aqui no Costella. Topei na hora, óbvio.

Entre “Killer Dolphins” (sim, dos Simpsons) e “Love Bazucas“, escolhemos a sensualidade do segundo nome.

Eu apareci com Hug Me, e eles com Little Crazy (que se chamava Califórnia, provisoriamente). Então eles me mostraram Down on Me (que se chamava Perseguição, obviamente pelo clima). Outras duas que eles me mandaram eram fodas, mas ficaram de fora, pois queríamos algo diferente. Faltava uma… Chutei o balde e mostrei um funk que tenho sem letra faz uns 8 anos. Surpreendentemente eles gostaram da idéia e eu sempre quis gravar essa música. Depois da letra ficou Destroy This Little Boy. Ficou tudo assim:

Hug Me, letra minha e do Victor, e música minha.
Down On Me, letra e música dos BDC.
DestroyThis Little Boy, música minha, letra do Victor.
Little Crazy, música e letra dos BDC.

De tudo, o que mais achei bacana foi termos escolhido Little Crazy e Destroy. São duas músicas que mostram um outro lado bem diferente de ambos.

Enfim as gravações.

Não tínhamos muito tempo, 4 dias para compor, gravar e mixar tudo.

Microfonei a bateria de um jeito bem tradicional, ainda com a técnica de Glynn Johns para os Overheads. Me apossei dessa técnica para minha standard. Acabei adaptando ela para o jeito que eu quero, mas, ainda é ela. Passei os OH pelo meu humilde Really Nice Compressor (sim, esse é o nome dele), Ratio médio, ataque médio, release rápido. Eu só queria comprimir um pouquinho antes de entrar no computador. Caixa e bumbo totalmente chutados no Fatso usando compressão e saturação, e o resto bem normal. Caixa com a pele mais solta, e bumbo sem NADA dentro, para o som ficar “feio”. O que você ouve na mix é basicamente os OH mais um pouco de caixa e bumbo.

Para os tons, tenho achado útil simplesmente apagar da timeline tudo quando não estão sendo tocados… é feio fazer isso, mas, foda-se, eu faço e dá certo. Tenho achado melhor do que usar gates, por exemplo… mas, é claro, só faço um ou outro quando vejo a necessidade.

O que realmente tem de diferente nessa gravação (para mim), é que de uns tempos para cá encanei que o que deixa o som “orgânico” é a esteira da caixa vazando no microfones… isso é o que dá a cola, a sensação da coisa ser “de verdade”, “ao vivo”. Infelizmente, não tínhamos tempo para ensaiar e fazer ao vivo com tudo vazando em todos os microfones (como fiz com os Suéteres), mas, tive uma idéia…

Gravei as guitarras de um jeito tradicional, mas, em baixo do microfone para o som de sala, coloquei a caixa da bateria, justamente para o som da esteira “vazar” nele quando vibrasse pela guitarra sendo tocada. Achei que ficou lindo o resultado. Basta ouvir as intros de Little Crazy, Down On Me e Hug Me

Acho que essa idéia foi minha, não use sem autorização! :)

Tudo gravado rápido e sem dar muita bola para pequenos erros de execução ou tempo. Aliás, vários “pequenos erros” se tornaram boa parte dos arranjos das músicas. O baixos foram simplesmente gravados MUITO distorcidos com o Bass OverDrive da Boss. Para as vozes, captei também o som da sala, e usei ele atrasado na mix como um Delay sujo. Portanto, você não ouve um Reverb ou Delay que tenham sido artificiais, saiba disso. A única voz que foi totalmente limpa para a mix foi a de Little Crazy, mas, foi dobrada. Porque o John Lennon Brant Bjork fazem, a gente quis fazer também. E porque o pessoal de Los Angeles sabe que dá vontade de pegar onda quando ouvem um vocal dobrado. Minhas guitarras vão mixadas no meio, Victor na esquerda e Renato na direita. e o

Espero divulgar atualizando aqui mesmo nesse post, um link para você ouvir e baixar as músicas, e assistir a um making of de tudo. É isso!

Rock!"

Para baixar gratuitamente o EP "Love Bazukas" e começar o mês com o pé direito, ouvindo música de qualidade feita por brasileiros, é só clicar aqui.
Aliás, uma das perguntas que surgiram com esse lançamento, foi sobre a escrita de "Bazucas". Chuck chegou a postar no seu twitter:
"Então pessoal, eu não sei se é Bazucas ou Bazukas. Fica a polêmica."

Em breve, no Fish & Candy, eu postarei a resenha e o vídeo do making of do EP.


Por: Angélica Albuquerque

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